Meu amigo tinha um pastor alemão. Lembro que a gente ficava conversando no jardim enquanto o bicho dormia perto. De vez em quando, o pai desse amigo chegava e sussurava, de brincadeira, no ouvido do cachorro: “Vai pegar o gato!”
Certo dia, faz tempo, estava numa rua em Pinheiros quando, do portão de uma casa, sai uma mulher alta, cabeça branca, óculos de aro grosso e vestido azul de bolinhas brancas, bastante decotado.
Sempre achei bonita a idéia de colocar uma mensagem numa garrafa e atirá-la ao mar. Lá vai a garrafa boiando e quem sabe um dia, do outro lado mundo, seja pescada, aberta e lida.
O livro traz duas capas que, embora anunciem o mesmo título, têm ilustrações diferentes e introduzem dois diários: o de Clarabel de um lado e o de Zuza, de outro.